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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sobre a elegância...


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ELEGÂNCIA

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detecta-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores, porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detecta-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo.
É elegante a gentileza... Atitudes gentis, falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém... é muito elegante.
Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante.
Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza pela observação, mas tentar imita-la é improdutiva.
A saída é desenvolver a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.
Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura!



"Troca seu destino por qualquer acaso... E perdeu a pose (...)
Decadence - é melhor viver dez anos a mil, do que mil anos a dez."


"Eu moro mesmo no meio da rua. Pra mim a vida é dura!
Mas meu teto tem estrelas e no alto um disco voador.
(...)
Prendeu seu salto dentro de um bueiro. Perdeu todo o respeito."

*Trechos de Lobão (e Os Ronaldos) e Kid Abelhas (e Os Abóboras Selvagens).

Sou maloqueira "até"...!!! 
Ralo os meus saltinhos nos asfaltos podres de SP. No fim da festa, saio com eles na mão e sigo descalça quando esqueço os chinelinhos.
Moro no extremo da Z/L e, mesmo diferindo de tudo, tô em casa.
Mas, não sento de penas abertas, nem quando tô de calça, falo pouquíssimos palavrões, e mesmo quando me misturo, não perco a pose... Pose? Não! A atitude!!!
O (meu) predileto dos maloqueiros é um rapper que tem a bala da poesia na agulha. Faz um "barraco" como ninguém! Entra com os pés de barro na casa das madames (super bem vindo!) e assim é que é.
E assim e que sou: maloqueira sempre, mas sem perder o glamour!

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