Gritomudo

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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O amor não acaba

Amor não acaba, nós é que mudamos.

Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. 
Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?
O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são substituídos por outros, no decorrer da vida. 
As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. 
O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. 
O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos. Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. 
Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. 
O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos.
O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.
O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções.
O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar.
Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice.
Paixão termina, amor não.
Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.

Ame, e ame de verdade!
Via Junior Pereira
Sacerdote Umbandista – Grupo dos Eternos Aprendizes.
T.U.C.A. - Templo de Umbanda Caminhos de Aruanda.

* O amor e a capacidade de amar que existe em nós, realmente não acaba. Às vezes nos tornamos um pouco mais "frios", mais duros, diante da quantidade de decepções e frustrações.
Quando optamos por uma ou outra pessoa, seja ela um namorado (a), um amigo (a), ou um familiar, só estamos direcionando o foco do nosso amor pra alguém que talvez mereça mais... E sempre alguém vai merecer alguém... Nem que seja só um pouquinho!

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